terça-feira, 10 de janeiro de 2017

chamando o intento



CHAMANDO O INTENTO
02/10/2012
  HERMANO
Ontem mesmo do jeito que estava não consegui parar, peguei uma folha de papel que havia anotado: ele me falou que despertar o intento era um dos cernes abstratos.
  Com aquele ato ritual único na vida de um guerreiro, eu havia aberto uma porta, eu poderia agora realmente chamar o intento,intuindo, chamando seu nome, ou fazendo qualquer ato tresloucado de abandono ou humor ou simplesmente girando o olho esquerdo, isso ele tinha dito.
  Eu sabia que tinha algo no poder do silencio, pois tinha um capitulo limpando o elo com o espírito e falava muito sobre a espreita, como ele já havia so que não tinha nenhum passo de poder para tal, continuei com um intento inflexível e consegui isto:
    O poder do silencio
Pagina 274
    Acordando, despertando o espírito.
Primeiro o nagual Elias explicou a dom Juan que o som e o significado das palavras eram de suma importância para os espreitadores. As palavras eram usadas por eles como chaves para abrir tudo que estivesse fechado. Os espreitadores, portanto, tinham de afirmar seu objetivo antes de tentar alcançar. Mas não podiam revelar seu alvo verdadeiro no inicio, de modo que deviam verbalizar as palavras com cuidado para esconder a intenção principal. O nagual Elias chamou este ato de acordar o intento. Explicou a dom Juan que o nagual Julian sabia que não havia como definir o espírito. O que realmente tentava fazer era, naturalmente, colocar dom Juan na posição do conhecimento silencioso.
    Pagina 247,
    Salientou
Para dom Juan que tudo o que o nagual Julian fizera naquele dia junto ao rio foi um espetáculo, não para audiência humana, mas para o espirirto, a força que o estava observando. Ele se exibiu e brincou com o abandono e entretendo a todos, especialmente o poder ao qual estava se dirigindo.
    Dom Juan disse que o nagual Elias assegurara-lhe que o espírito apenas ouvia quando o discurso era feito através de gestos, que não significam sinais ou movimentos corporais, mas atos de abandono verdadeiro, atos de liberdade, de humor. Como um gesto para o espírito, os feiticeiros trazem o melhor de si e em silencio oferecem-no ao abstrato.
    A roda do tempo
Os xamãs videntes dos tempos antigos, através de seu ver, notaram logo que qualquer comportamento incomum produzia um tremor no ponto de aglutinação. Em seguida, descobriram que se o comportamento incomum é praticado de maneira sistemática e dirigido com sabedoria, ele finalmente força o ponto de aglutinação a se mover.
E olha o que eu descobri quase no finalzinho do poder do silencio pag 300 poder do silencio
    Don Juan perguntou a Túliuno como havia chamado o intento. Túliuno explicou que os espreitadores chamavam o intento em voz alta. Em geral o intento era chamado no interior de um pequeno aposento escuro e isolado. Uma vela era colocada sobre uma mesa negra com uma chama a centímetros diante dos olhos; então a palavra intento era vocalizada lentamente, enunciada clara e deliberadamente tantas vezes o individuo sentisse que fossem necessárias. O timbre da voz subia ou caía sem qualquer pensamento.
Tuliuno salientou que a parte indispensável do ato de chamar o intento era uma total concentração no que era intentado. Em seu caso, a concentração fora na homogeneidade e aparência de Túlio.
Perguntei a Don Juan o que ele pensava de seu modo de chamar o intento. Ele explicou que seu benfeitor, como o nagual Elias, era bem mais dado a rituais que ele próprio,portanto, preferiam a parafernália tal como velas, aposentos escuros e mesas negras.Casualmente comentei que eu próprio era terrivelmente atraído.
     

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